Novas Diretrizes da AHA para Desengasgo em Crianças: Um Guia Essencial para Pais e Cuidadores

Instructions

Este artigo oferece um guia completo e atualizado para pais e cuidadores sobre como agir em situações de engasgo em bebês e crianças, com base nas mais recentes diretrizes da American Heart Association (AHA). O texto detalha as manobras de desobstrução das vias aéreas, as diferenças no tratamento para engasgos por sólidos e líquidos, e as ações a serem tomadas em caso de perda de consciência, visando capacitar as famílias a responderem de forma eficaz em momentos críticos e garantir a segurança dos pequenos.

Prepare-se para Salvar Vidas: As Novas Recomendações da AHA para Engasgos Infantis!

Manobras de Desengasgo para Bebês (até 1 ano): Um Guia Abrangente para Pais

Para bebês com obstrução grave das vias aéreas, é vital agir rapidamente. Posicione o bebê de bruços em seu antebraço, apoiando a cabeça e o maxilar com a mão, garantindo que a cabeça esteja mais baixa que o corpo. Aplique cinco golpes firmes nas costas, entre as escápulas. Se a obstrução persistir, vire o bebê, apoiando a cabeça com a palma da mão, e realize cinco compressões torácicas no centro do peito, usando a palma da mão. Alterne entre esses movimentos até a desobstrução ou a perda de consciência. É crucial não realizar compressões abdominais em bebês, pois podem causar lesões internas.

Identificando a Obstrução Severa: Sinais Críticos para Reconhecer em Bebês e Crianças

É fundamental que os pais saibam identificar os sinais de obstrução severa nas vias aéreas. A criança ou bebê pode apresentar incapacidade de tossir ou chorar, mudança de coloração da pele (palidez ou cianose), hipotonia (corpo mole) e dificuldade respiratória. Se nenhum desses sinais estiver presente, a recomendação é observar e incentivar a tosse. No entanto, se houver qualquer indício de obstrução grave, a primeira medida é ligar imediatamente para os serviços de emergência e iniciar as manobras de desengasgo.

Evolução das Técnicas: A Atualização nas Diretrizes de Desengasgo para Bebês

As técnicas de desengasgo para bebês foram aprimoradas. Anteriormente, as compressões torácicas eram feitas com dois dedos. No entanto, estudos recentes da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) demonstraram que a pressão exercida por dois dedos não alcança a profundidade necessária para expelir o objeto estranho. A American Heart Association (AHA) publicou novas atualizações que substituem essa técnica, visando maior eficácia e segurança nos procedimentos.

Passos Essenciais na Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) para Bebês Inconscientes

Se o bebê perder a consciência, é necessário iniciar a ressuscitação cardiopulmonar (RCP). Coloque o bebê de costas sobre uma superfície firme e plana. Inicie 30 compressões torácicas com os dois polegares, envolvendo o tórax. Se o objeto for visível, remova-o; caso contrário, não tente. Em seguida, realize duas ventilações (respiração boca a boca), cobrindo a boca e o nariz do bebê com a sua boca e observando a elevação do tórax. Continue alternando compressões e ventilações até a chegada da emergência ou até o bebê recuperar a consciência e respirar normalmente.

Como Agir em Casos de Engasgo em Crianças (a partir de 1 ano): Um Guia Prático

Para crianças a partir de um ano que estejam engasgadas, ajoelhe-se atrás delas e aplique cinco golpes firmes nas costas, entre as escápulas, usando a palma da sua mão. Se isso não resolver a obstrução, realize cinco compressões abdominais (Manobra de Heimlich). Envolva os braços ao redor da cintura da criança, faça um punho com uma das mãos, posicionando o polegar acima do umbigo e abaixo do osso do peito. Segure o punho com a outra mão e faça compressões rápidas e firmes para dentro e para cima do abdômen. Alterne os golpes nas costas e as compressões abdominais até a expulsão do objeto ou até a criança perder a consciência.

Alternativas para Situações Específicas: Compressões Torácicas em Crianças

Se não for possível abraçar a criança pela cintura (por exemplo, se ela estiver em uma cadeira de rodas ou for muito grande), realize compressões no peito. Feche uma das mãos em punho e posicione o polegar contra o tronco da criança. Passe os braços por baixo das axilas dela e coloque a mão no centro do peito. Puxe a criança para trás para aplicar impulso nas compressões, visando desalojar o objeto obstrutor.

Protocolo para Inconsciência: Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) em Crianças Maiores

Se uma criança engasgada perder a consciência, deite-a em uma superfície firme, apoiando a cabeça e o pescoço. Inicie 30 compressões torácicas com uma ou duas mãos (uma sobre a outra), mantendo os braços esticados para comprimir e liberar o peito. Verifique se o objeto obstrutor é visível e, se sim, remova-o. Prossiga com duas ventilações (respiração boca a boca), cobrindo a boca da criança e pinçando o nariz, observando a elevação do tórax. Continue alternando essas manobras até a chegada da equipe de emergência ou até a criança voltar a respirar.

Distinção Essencial: Engasgos por Líquidos versus Sólidos em Crianças

É crucial diferenciar as manobras de desengasgo para obstruções causadas por sólidos e líquidos. As técnicas descritas acima são eficazes para expelir objetos sólidos. Em casos de engasgo por líquidos, a abordagem é diferente, pois líquidos geralmente não causam uma obstrução completa das vias aéreas. Conforme explica Tania Zamataro, especialista em segurança infantil, o objetivo principal das manobras é remover um objeto, o que não se aplica a líquidos.

Engasgo por Líquidos: Estratégias de Ação para Pais e Cuidadores

Para engasgos causados por líquidos, posicione a criança sentada ou semi-sentada e remova o excesso de líquido da boca. Coloque o bebê à sua frente e observe, pois ele geralmente se recupera espontaneamente. Se a recuperação não ocorrer, realize uma estimulação suave nas costas (esfregando-as). Se, em qualquer momento, a criança perder a consciência, inicie a ressuscitação cardiopulmonar (RCP).

Armadilhas a Evitar: Erros Comuns no Manejo de Engasgos em Crianças

Em situações de engasgo, evite erros que podem agravar a situação. Primeiro, as pancadas nas costas devem ser firmes, não leves tapinhas, para ter o efeito desejado. Segundo, nunca tente remover o objeto com os dedos na garganta do bebê ou da criança, pois isso pode empurrar o objeto ainda mais para baixo, dificultando a desobstrução e aumentando o risco de lesões.

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